sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Blog E.M.Perseu Abramo: Mostra Cultural 2010

Blog E.M.Perseu Abramo: Mostra Cultural 2010: "Nos dias 9 e 10 de dezembro aconteceu a nossa Mostra Cultural , um momento para visualizar de uma maneira mais geral todas as real..."

Mostra Cultural 2010

Nos dias 9 e 10 de dezembro aconteceu a nossa Mostra Cultural , um momento para visualizar de uma maneira mais geral todas as realizações da nossa escola durante esse ano. Um evento que contou com a presença dos pais, familiares , profissionais e as próprias crianças que ficam sempre muito encantadas em poder ver exposta suas produções. As atividades foram diversificadas mas que exemplificaram bem a riqueza dos trabalhos realizados:



TRAVA-LÍNGUAS

LINGUAGEM MATEMÁTICA

MEIO-AMBIENTE

LENDAS



ROTINA

ARTES



POESIAS


                                                                      CONTOS


MÚSICAS

                                                                       RELEITURAS

                                                      


IDENTIDADE

E os pais estiveram presentes...

admirando cada momento...

e muito bem orientados...

...as crianças puderam acompanhar o evento...

...muito produzidos...

até a chapeuzinho e o lobo mau estiveram por lá...

...apresentaram músicas curtidas durante o ano...

Reconhecimento do trabalho...

e o aval da nossa coordenadora!!!!rsrs

Foram muitas atividades que não consegui contemplar , mas farei um vídeo com todas as fotos e em breve publicarei por aqui ... aguardem!!!


domingo, 5 de dezembro de 2010

Blog E.M.Perseu Abramo: Recontextualizando a linguagem oral e escrita

Blog E.M.Perseu Abramo: Recontextualizando a linguagem oral e escrita: "No dia 30 de novembro a E.M.Perseu Abramo esteve presente no lançamento da Revista Nova Escola para os professores da rede municipal de ensi..."

Recontextualizando a linguagem oral e escrita

No dia 30 de novembro a E.M.Perseu Abramo esteve presente no lançamento da Revista Nova Escola para os professores da rede municipal de ensino de Diadema, onde eu e a nossa coordenadora Rosana recebemos das mãos da secretária Lúcia Couto e da Própria Regina Scarpa as edições para as professoras e professores da nossa escola representando simbólicamente as creches da rede.
Tivemos inicialmente a apresentação do vídeo da TV FUTURA na qual a E.M.Mário Quintana apresentou o trabalho sobre a questão racial na educação infantil, ttp://www.cotrimclipping.com.br/arquivos/futura23_11.wmv, em seguida , houve a apresentação de Maculelê das crianças do Programa MaisEducação, depois a apresentação de poesias escritas pelas crianças da Escola Municipal Zilda Gomes.
Para concluir esse encontro tivemos o prazer de participar da palestra com Regina Scarpa, psicóloga, mestre em Educação e coordenadora Pedagógica da Fundação Victor Civita, que teve como tema a Alfabetização.
Aqui vou pontuar apenas algumas questões levantadas por ela em sua fala que chamaram minha atenção e acredito ser importante compartilhar.
Inicialmente destacou e leu um trecho do texto de Antônio Cândido : O direito à literatura: ..."(...) Pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo. Essa me parece a essência do problema, inclusive no plano estritamente individual, pois é necessário um grande esforço de educação e auto-educação a fim de reconhecermos sinceramente este postulado. Na verdade, a tendência mais funda é achar que os nossos direitos são mais urgentes que o do próximo. Nesse ponto, as pessoas são freqüentemente vítimas de uma curiosa obnubilação. Elas afirmam que o próximo tem direito, sem dúvida, há certos bens fundamentais, como casa, comida, instrução, saúde –, coisas que ninguém bem formado admite hoje em dia que sejam privilégios de minorias, como são no Brasil. Mas será que pensam que o seu semelhante, pobre, teria direito a ler Dostoievski ou ouvir os quartetos de Beethoven? Apesar das boas intenções no outro setor, talvez isso não lhes passe pela cabeça. E não por mal, mas somente porque quando arrolam os seus direitos não estendem todos eles ao semelhante. Ora, o esforço para incluir o semelhante no mesmo elenco de bens que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos humanos. A este respeito é fundamental um ponto de vista do grande sociólogo francês, o dominicano Padre Louis-Joseph Lebret, fundador do movimento Economia e Humanismo, com quem tive a sorte de conviver e que atuou muito no Brasil entre os anos de 1940 e 1960. Penso na sua distinção entre “bens compressíveis” e “bens incompressíveis”, que está ligada a meu ver com o problema dos direitos humanos, pois a maneira de conceber a estes depende daquilo que classificamos como bens incompressíveis, isto é, os que não podem ser negados a ninguém. Certos bens são obviamente incompressíveis, como o alimento, a casa, a roupa. Outros são compressíveis, como os cosméticos, os enfeites, as roupas extra. A fronteira entre ambos é muitas vezes difícil de fixar, mesmo quando pensamos nos que são considerados indispensáveis. O primeiro litro de arroz de uma saca é menos importante do que o último, e sabemos que com base em coisas como esta se elaborou em economia da “utilidade marginal”, segundo a qual o valor de uma coisa depende de grande da necessidade relativa que temos dela. O fato é que cada época e cada cultura fixam os critérios de incompressibilidade, que estão ligados à divisão da sociedade em classes, pois inclusive a educação pode ser instrumento para convencer as pessoas de que o que é indispensável para uma camada social não o é para outra. "(...)

Esse trecho orientou grande parte de sua fala , e trouxe à tona a reflexão de outros temas que são comuns , tão comuns , que tornam-se esquecidos, como garantir o Máximo de Cultura aos nossos alunos, garantir o acesso e ampliação de repertório na educação , democratizar de fato, a cultura, não a imposta pela mídia , mas a cultura de qualidade.
E nesse sentido dar acesso significa garantir a alfabetização de nossas crianças . mas como fazer isso , realmente? Nesse percurso de refletir sobre o acesso , destacou dois eixos nos quais nós professores devemos garantir no currículo e em nosso planejamento que são as atividades voltadas ao sistema de escrita propriamente e o da língua que se escreve. E disse que um dos problemas é misturar esses eixos sem especificá-los ou não oferecer atividades específicas para cada um deles , e só quando o professor tiver essa consciência , essa clareza de objetivos é que será garantido à criança ler compreensivamente todos os tipos de textos e expressar-se claramente na escrita e enfim poder confrontar interpretações e ampliar sua visão de mundo.
Outro importante destaque em sua fala foi o de que o professor é um informante sim, mas não apenas isso.Logo, não podemos negar informações pontuais , que muitas vezes só a escola pode dar ao aluno. Vários outros aspectos foram destacados, desde exemplos de textos trabalhados em escolas, que não fazem sentido algum para criança e a mesma criança já possui um olhar crítico para o que é aprendido.É necessário apresentar os textos em seus suportes naturais. É PRECISO DESACOSTUMAR O OLHAR E REAVIVÁ-LO...