"A importância
do projeto político-pedagógico está no fato de que ele passa a ser uma direção,
um rumo para as ações da escola. É uma ação intencional que deve ser definida
coletivamente, com consequente compromisso coletivo."
Betini.
Geraldo Antônio, in:
Tendo consciência da importância do Projeto Político Pedagógico iniciamos o ano avaliando nosso percurso em 2013. Em algumas de nossas reuniões semanais foram feitas discussões e dado algumas devolutivas para iniciarmos o encaminhamento de propostas para o PPP 2013. Segue abaixo algumas colocações que culminaram na nossa proposta de se trabalhar com o projeto Coletivo "ERA UMA VEZ"...
No berçário:“O trabalho com literatura
infantil já existe nos módulos e coletivamente” em momentos planejados, o que “exige
a colaboração e envolvimento real de
todas as professoras juntamente com as demais funcionárias” para melhorar ainda
mais o andamento do trabalho. Sugeriram ainda manter a troca dos livros
semanalmente para garantir as propostas de leitura mais dinâmicas e
interessantes com a turminha e o trabalho com “sucatas para exploração”.
SOBRE o trabalho com Literatura
das turmas de 2, 3, e 4 anos é consenso que já existe um trabalho sobre o tema
em todas as faixas etárias , porém com visões diferentes. Alguns trabalhos já
estão mais estruturados outros ainda começando e alguns poucos que acreditam
não ser o momento por ser um período de adaptação. Teve quem já apresentou
objetivos e projetos de futuro trabalho em sala de aula.
O trabalho com a literatura
infantil é vista como fundamental para despertar o interesse da criança no
mundo letrado, organizar o pensamento, ampliar vocabulário, mobilizam a
curiosidade, servem como um momento prazeroso mas também como um momento de
aprendizado e grande aliado na formação de atitudes nas crianças, por utilizar
uma linguagem de fácil compreensão.

Outros pontos que surgiram foi a
questão da variedade e dinâmicas no trabalho com a leitura , necessidade de
ampliar o repertório com diferentes portadores de texto, enriquecer o trabalho
de contação de histórias com a utilização de fantoches, painéis, imagens sem
texto e outros recursos que chamem a atenção da criança proporcionando momentos
de interesse no ambiente escolar e até mesmo a leitura livre individual, em
pequenos grupos.A turminha de 4 anos apresentou ter interesse ou “já estar
trabalhando com a biblioteca circulante”, interagindo com os pais , sendo um
trabalho de retorno muito gratificante, sendo um trabalho interessante para a
vida da criança, futuro adulto.
Em relação ao outro texto, a
maioria relatou o interesse em discutir “atitudes que ficam enraizadas”, as
vezes pela rotina ou falta de tempo para formação ou de discutir à respeito
caindo na mera reprodução ou comodismo de alguns por ser mais fácil. Poucos
admitiram erros na prática, levando o assunto para os erros dos pais ou alunos,
levantando questões que prejudicam a realização de um trabalho efetivo devido á
falta de tempo de manhã, de tarde, controle de esfíncter, desfraldamento,
outras colocaram a necessidade de fazer a criança experimentar mais e ter maior
envolvimento nas atividades para suprir defasagens que passam desapercebidas,
mas de maneira sistematizada não mecânica.

Houve relatos sobre se rever
enquanto profissional, em colocar-se no lugar da criança e não apenas no papel
de adulto. Apresentaram questões relevantes no texto sobre “criticar as
atitudes e não a criança pois acabam prejudicando a auto-estima dela”, “elogiar
mais”, utilizar vocabulário mais acessível à criança, explicar mais
suscintamente, “respeitar mais o tempo do sono”, ser mais afetiva. Discorreram sobre “o real papel do professor
no atendimento de qualidade à criança. O que é isso? O que posso melhorar? O
que estou julgando errado?” Entre as reclamações surgiu o fato de verem-se
sozinhas em muitos momentos, num trabalho fechado, sem parcerias ou trocas para
tornar o trabalho mais colaborativo; faltando apoio nas informações em relação
aos projetos em andamento. Refletiram sobre “Respeitar mais o momento da
criança e seus interesses”, mas acrescentar e possibilitar avanços também,
dando maior atenção, revendo pré-conceitos; Necessidade de rever posturas e”
brincar mais”, “cantar mais” com as
crianças tornando a brincadeira intencional e até mesmo as livres mais
organizadas. Perceberam a necessidade de organizar horários que garantam todas
as áreas do conhecimento, sendo que algumas já o fazem e destacaram a vantagem
dessa rotina estabelecida servir como facilitador no desenvolvimento da
criança.
Sistematização – Mônica Limeira -